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o que é umbanda

O que é Umbanda:

 

Umbanda é uma religião brasileira formada através de elementos de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo juntando ainda elementos da cultura africana e indígena.

A palavra é derivada de “u´mbana”, um termo que significa “curandeiro” na língua banta falada na Angola, o quimbundo. A umbanda tem origem nas senzalas em reuniões onde os escravos vindos da África louvavam os seus deuses através de danças e cânticos e incorporavam espíritos.

O culto umbandista é realizado em templos, terreiros ou Centros apropriados para o encontro dos praticantes onde entoam cânticos e fazem uso de instrumentos musicais como o atabaque. Apesar disso, quando o Umbanda foi criado, não existiam manifestações musicais, como cânticos e utilização de instrumentos.

O culto é presidido por um chefe masculino ou feminino. Durante as sessões são realizadas consultas de apoio e orientação a quem recorre ao terreiro, práticas mediúnicas com incorporações de entidades espirituais e outros rituais.

O culto se assemelha ao candomblé, no entanto, são religiões que possuem práticas distintas.

Ao longo do tempo, a umbanda passou por transformações e foi se demarcando de outras religiões. Também criou ramificações, algumas delas são descritas como: Umbanda Tradicional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Defumação

DEFUMAÇAO

 

A defumação é essencial para qualquer trabalho num centro umbandista.
É também, uma das coisas que chamam a atenção de quem vai lá pela primeira vez assistir a um trabalho.

Pra que serve aquela fumacinha? Qual é a sua utilidade real?

A principal função da defumação realizada tanto na Umbanda quanto nas demais seitas religiosas através dos tempos, desde a Antiguidade, é com a queima de ervas e resinas, modificar a energia existente no ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo Astral, durante nossa vivência cotidiana, ou seja pensamentos e ambientes de vibrações pesadas , rancores, invejas, preocupações etc..

A defumação tem o poder de desagregar estas cargas pois interpenetram, os campos
Astral, mental e áurea , tornando-os “libertos”, de tal peso para produzirem seu funcionamento normal .

Os defumadores são poderosos aliados para quem procura se livrar de maus fluidos, ficar com a alma leve e em harmonia. São muito usados, para a limpeza de ambiente, servem como repelentes afastam os maus espíritos e atraem os guias de luz.

Em um Centro Umbandista, a defumação é realizada no início dos trabalhos, realizando a limpeza do ambiente, do corpo de médiuns e dos assistentes. Dependendo dos trabalhos realizados, deve-se limpar o ambiente com a defumação mais de uma vez ao longo do dia, para atrair e facilitar o trabalho que esteja sendo realizado pelas entidades.

Vemos os Guias, sejam Caboclos, Pretos Velhos, enfim, as entidades manifestadas na Umbanda, receitando chás, banhos e defumações para que as pessoas façam em suas casas. Se não fosse possível isso, com certeza os Guias falariam para as mesmas pessoas não fazerem nada sem a presença do sacerdote ou pessoa habilitada.

Preparar uma defumação ou um banho requer acima de tudo BOM SENSO.

 

Bom senso para entender que não utilizamos ervas verdes (frescas) em uma defumação, pois ainda estão carregadas de água; bom senso para não colocarmos em nossos banhos elementos resinosos (mirra, incenso, benjoim), pois deixarão o banho excessivamente oleoso.

É recomendado, também sempre fazer uma prece antes de iniciar a defumação

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MODO DE PREPARO

 

• Acenda o carvão em brasas em recipiente próprio (Também conhecido como Turíbulo);
• Feche todas as portas e janelas;
• Coloque um copo com água pura na porta de entrada que deverá ficar semiaberta;
• Passe o defumador dos fundos para a frente da casa, abrindo um filete de água nos cômodos onde houver Torneiras;
• Ao sair pela porta da frente, apague as brasas com a água do copo que lá estava, despachando os resíduos na natureza;


• Feche as Torneiras que estavam abertas e abra todas as portas e janelas da casa, dando fim ao processo.

 

Abaixo alguns exemplos de defumações em linhas de trabalho:

 

  • Defumação contra fluídos negativos – Quebra-tudo; Guiné-caboclo; Espada de Santa Bárbara; Pitangueira; Folha de marmelo; Alevante; Folha de Cambuí.

  • Defumação para atrair sorte – Casca de laranja seca ralada; Casca de limão galego seco ralado; Casca de pêssego seca; Casca de maçã seca; Canela em pó ou casca; Cravo da índia; Semente de girassol.

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  • Defumação para limpeza – Café em pó; Casca de coco ralado; Amoreira; Palha de alho; Pimenta da costa; Benjoim.

  • Defumação de descarrego espiritual – Cominho em pó; Açúcar mascavo; Fumo em rolo desfiado; Mirra; Incenso; Alecrim; Arruda (macho ou fêmea).

  • Defumação para dinheiro – Gengibre ralado; Açúcar mascavo; Breu; Semente de girassol; Noz-moscada; Pão amanhecido ralado; Louro; Pitangueira; Canela em pó; Cravo da índia.

  • Defumação para afastar espíritos de dentro de casa – Benjoin; Incenso; Mirra; Casca de alho (ou palha); Café em pó virgem; Alecrim; Pitangueira; Folha de marmelo.

  • Defumação para progredir na vida – Louro; Cominho em pó; Noz-moscada; Arroz com casca; Aniz; Malva cheirosa; Manjericão; Incenso.

  • Defumação para uso em estabelecimento comercial – Gengibre ralado; Cravo da Índia; Semente de girassol; Louro; Açúcar mascavo; Noz moscada ralada; Canela em pó; Breu.

  • Defumação Oxóssi – Folha de aipim; Folha de coqueiro; Folha de butiazeiro; Folha de caraguatá; Eucalipto; Folha de laranjeira.

  • Defumação Oxum – Alecrim; Alfazema; Jasmim; Sândalo; Folha de arroz; Funcho; Folha de bergamota; Folha de tomateiro; Hortelã; Verbena.

  • Defumação de Iemanjá – Hortênsias; Malva cheirosa; Fortuna; Alfazema; Violeta; Verbena; Aniz; Manjericão.

  • Defumação de Oxalá – Alecrim; Jasmim; Arnica; Copo de leite; Folha de trigo; Cidreira; Cidró; Funcho.

  • Defumação de Pretos Velhos – Cidró; Funcho.Defumação de Pretos Velhos – Guiné de guampa; Barba de milho; Fumo de rolo desfiado; Arruda (macho ou fêmea); Cana de açúcar ou bagaço; Café em pó.

Roupa branca

Roupa Branca

 

As vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e intranquilidade do médium (sem contar, é claro, com a desagradável situação de uma pessoa que vai tomar passes ou consultar-se, e ficar sentindo o cheiro do suor do médium, que está sempre próximo nos trabalhos).

O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve, também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos. Além disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade.

A Roupa Branca (Roupa de Santo) é a vestimenta para a qual devemos ter muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.

A Toalha Branca (Pano da Costa) – Trata-se de um pano branco em formato de toalha (retangular), podendo ser contornado ou não com renda, fino ou grosso, de tamanho aproximado de 0,30 x 1,20 m. Entre outras coisas, é utilizado para cobrir a cabeça dos médiuns quando esse se faz necessário.

 

 

Outras Roupas – Em alguns casos, os guias podem solicitar alguma peça de roupa para que usem durante os trabalhos. Podem ser:

 

Pretos Velhos: toalhas, batas, saia, calça, etc.

Exus: Roupas, lenços, chapéus, joias, capas, etc.

Caboclos: Cocares, faixas, penas, tiras de couro, etc.

Crianças: Bonés, roupas, laços, toalhas, etc.

Estas peças de roupa sempre devem ser previamente autorizadas pelo dirigente ou pelo guia chefe da casa.

pés descalços

Pés descalços

 

Por que ficamos de pés descalços no terreiro de Umbanda?

O solo, chão representa a morada dos ancestrais e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos tento um contato com estes antepassados. Nós costumamos tirar os calçados em respeito ao solo do terreiro, pois seria como se estivéssemos trazendo sujeira da rua para dentro de nossas casas. É também uma forma de representar a humildade e simplicidade do Rito Umbandista.

Além disso, nós atuamos como os “para-raios naturais”, e ao recebermos qualquer energia mais forte, automaticamente ela se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule e leve determinadas energias consigo.

Em alguns terreiros é permitido usar calçados (mas calçados que são usados APENAS dentro do terreiro).

Cabe ressaltar, que a origem desse costume, nos cultos de origem afro-brasileira, é outra; os “pés descalços” eram um símbolo da condição de escravo; lembremos que o escravo não era considerado um cidadão, ele estava na mesma categoria do gado bovino, por exemplo.

Quando liberto a primeira medida do negro (quando fosse possível) era comprar sapatos, símbolo de sua liberdade, e de certa forma, inclusão na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que, muitas vezes, eles eram colocados em lugar de destaque na casa (para que todos vissem).

Ao chegar ao terreiro, contudo, transformado magicamente em solo africano, os sapatos, símbolo para o negro de valores da sociedade branca, eram deixados do lado de fora.
Eles estavam (magicamente) em África e não mais no Brasil.

No solo africano (dos terreiros) eles retornavam (magicamente) à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc

fumo na umbanda

Porque fumam na Umbanda?

 

O fumo é vegetal que traz o elemento terra e água, em sua composição e, os elementos ar e fogo quando utilizado na defumação. Conjuga, portanto, quando usado pelas entidades de Umbanda, os quatro elementos básicos – terra, fogo, ar, água -, além do elemento vegetal nos trabalhos de magia. O fumo é utilizado como meio de descarrego, agindo sobre os chacras dos consulentes. É utilizado como componente para defumação, onde conjuga o fogo e a fumaça para a destruição dos campos magnéticos negativos, vinculados tanto à obsessões quanto à feitiços realizados contra o consulente.

Assim, o que as entidades da Umbanda fazem é utilizarem ervas, juntamente com os elementos água, fogo e ar para realizarem suas magias e defumações, desestruturando larvas astrais, miasmas e desagregando energias negativas e danosas à aura do consulente.

O fumo tem suas características vegetais, tendo através do seu processo de desenvolvimento na natureza arregimentando as mais diversas energias e substâncias – sais minerais, hidrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, nitrogênio, vitaminais – do solo onde foi cultivado e do meio ambiente, além da absorção da energia solar e lunar, razão pela qual condensa forte carga energética de impregnações etéreas que libera durante a sua queima.

Se prestarmos atenção na atitude das entidades incorporadas, veremos que enquanto estas fumam, estão constantemente jogando baforadas da fumaça de seu cachimbo, charuto, ou cigarro sobre aquele que com eles se consulta. Não tragam a fumaça, apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou para o ar. Para quem não sabe, nessa hora está sendo realizado verdadeiro passe, onde a defumação se conjuga com o sopro para realizar a limpeza energética da aura ou perispírito da pessoa.

Pode-se verificar que as entidades podem realizar seu trabalho sem a utilização desses elementos sem qualquer problema. Mas, poder-se-ia dizer, se elas existem e comprovadamente têm o seu significado, por que se abster de usá-las? O que deve ser deixado de lado é a associação de seu uso como indicativo de inferioridade.

A título de curiosidade, devemos ressaltar que os Guias de Umbanda dependendo da linha em que realizam seu trabalho, não se utilizam dessas ferramentas, sendo que podemos encontrar a mesma entidade realizando o mesmo trabalho, mas em outra linha vibratória, sem se valer desses elementos em situações específicas, mas não deixando de ser a mesma entidade. De uma forma ou de outra, vai realizar seu trabalho e não vai ser mais ou menos evoluída por isso.

O que deve ficar entendido é que a entidade incorporada quando realiza o sopro da fumaça de seu cachimbo, charuto, ou cigarro, dando suas baforadas nos consulentes, cria com isso as condições, tanto no plano físico quanto espiritual, para a realização da magia da Umbanda, tudo sob o aval dos espíritos de luz e dos Orixás. Só o sopro em si carrega efeitos terapêuticos e espirituais poderosos, mas quando aliados à erva tem seu efeito potencializado, gerando resultados positivos como se observam nos terreiros de Umbanda.

A dinâmica, portanto, deve ser entendida como um todo. Alia-se, no trabalho de Umbanda, o álcool, o fumo, a energia proveniente das entidades e espíritos superiores que orientam os trabalhos, a energia presente na própria natureza através do trabalho dos elementais, bem como o ectoplasma retirado dos médiuns durante os trabalhos mediúnicos, possibilitando a cura do consulente necessitado de ajuda.

Entender essa prática como apego dos espíritos incorporantes à matéria passa a ser, dessa forma, desconhecimento pueril acerca dos trabalhos magísticos realizados dentro da ritualística da Umbanda.

No contato permanente com as entidades que incorporam na Umbanda, passamos a perceber, inclusive, sua preocupação com o uso indiscriminado de fumo ou de cigarros que são comercializados, e seus conselhos para evitarem que seus médiuns tenham seu corpo prejudicado pelo uso de tais ferramentas.

É comum pedirem cachimbos com filtro para diminuírem ainda mais a assimilação pelo corpo do médium da nicotina presente em cigarros ou fumo comercializados. Encontramos entidades que pedem a seus “cavalos” que fabriquem seu fumo com ervas naturais, como alecrim, alfazema e outras aliadas ao fumo in natura. Até porque a combinação de tais ervas potencializa os efeitos energéticos, catalisadores, descarregadores e reequilibrantes do perispírito do consulente.

Algumas entidades chegam a cuspir em recipientes adequados, a famosa “caixinha”, que fica ao seu lado para neste ato evitar ao máximo a ingestão da nicotina e de outros elementos que não interessam para o trabalho e muito do que vêm pela química industrial.

Com todo o exposto, pode-se perceber que tanto o álcool quanto o fumo são verdadeiras, úteis e necessárias ferramentas de trabalho das entidades que trabalham na Umbanda.

 

Tal fato deve ser estudado e haver orientação precisa durante a doutrinação dos médiuns e assistentes das giras de Umbanda para entenderem com seriedade a real necessidade de haver um trabalho sério e efetivo de esclarecimento para evitar entendimentos errados que levem a denegrir a verdadeira caridade prestada pelas entidades e guias de Umbanda que utilizando das ferramentas que a natureza lhes oferece, levam aos filhos de fé um lenitivo para suas mazelas e dores, na fé de Oxalá.

pemba

Pemba

Um objeto “tão simples” tido como apenas GIZ por alguns, a PEMBA tem na verdade um significado bem mais composto do que este para os espiritualistas, devido sua matéria prima, o calcário – rochas sedimentadas (encontradas no mar, rio, caverna etc), composto de ferro, argila, cálcio, calcita, fluorita, materiais orgânicos entre outros minérios naturais. Os Guias Espirituais fazem o uso deste material para manipular as forças da natureza e a energia do fogo, da água, do ar e da terra.

O termo é também utilizado em referência à Lei Maior, ou seja chamamos os trabalhadores da Umbanda de “filhos de pemba”, pois estão sobre a proteção da Lei Maior. Cumprindo com suas tarefas no Bem, ele estará protegido, ou caso não aja decentemente, lhe será cobrado para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.

Tal sua importância, a Pemba é um dos poucos elementos que pode tocar a coroa de um médium, deste modo é utilizada na lavagem de coroa, em amacis, nos banhos de descarrego, de harmonização etc.

Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de descarga;

Os pontos cruzados e o tipo de cruz, interferem potencialmente no real benefício desse ato ritualístico umbandista, portanto não deve ser feito sem real conhecimento. Um simples exemplo de Cruzamento do médium que favorece uma intensa proteção é a cruza da articulação do pulso direito, em seguida da articulação do esquerdo finalizando com a cruza da nuca criando assim, um triângulo de força etérica na Lei de Pemba.

 

Quando usada nos Pontos Riscados, o símbolo transforma-se em algo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

carnaval

O Carnaval na Umbanda

Muitos centros de umbanda fecham ou tem o atendimento limitado no período do carnaval e quaresma mesmo não sendo datas ligadas a nossa religião. Porque isso acontece?

A dúvida sobre o funcionamento das casas de santo (os terreiros de umbanda) durante o carnaval e quaresma, vem da época que os orixás eram proibidos de serem cultuados e deveriam ser sincretizados com os santos católicos.

Como o período da quaresma corresponde a uma época de reclusão e reflexão dentro da igreja católica, muitos terreiros de umbanda e candomblé ficavam em uma posição delicada junto a comunidade católica e fechavam as portas para não ter problemas com as autoridades locais e com as pessoas em geral, quando poderiam ser acusados de desrespeitosos com a religião católica.

As pessoas consideravam que as casas de santo não deveriam bater tambores ou praticar qualquer ritual na quaresma, a exemplo da igreja católica que deixa suas imagens cobertas por mantos de cor roxa em sinal de respeito, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo.

Lembrando que essa é a sequencia de atos perpetrados pela Religião Católica. Dessa forma, por mais que esses hábitos estejam arraigados em nossa cultura, devemos ter em mente que essas práticas são católicas, não pertencendo à Umbanda.

Para nós umbandistas o que importa é que nossa casa deve estar aberta para atendimento àqueles que necessitam do socorro espiritual de nossos guias e entidades. Pelo fato de ter se convencionado que a quaresma é um período onde as entidades superiores não trabalham, acaba sendo criado um ambiente propício à instalação de energias deletérias e nocivas, próprias de espíritos atrasados espiritualmente. É por força, portanto dessa mentalização e crendice popular que necessitamos da proteção, amparo e esclarecimento das entidades que nos guardam e às nossas casas umbandistas. Não pode haver pausa no socorro espiritual, uma vez que aqueles que praticam o uso de energias negativas não tiram férias.

Temos que compreender, aprender e praticar melhor nossa religiosidade, sem nos deixarmos influenciar pela religiosidade e costumes religioso de outras religiões.

 

“A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para, com o auxílio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou frequentadores. Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto-Velho, o Caboclo ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos. É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-europeia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição. Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé. (Ronaldo Antônio Linares – Federação Umbandista do Grande ABC

 

 

 

“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. ”
Tiago 2:14-17

cambono

A importância do Cambono

É o médium que participa nas giras de assistências como auxiliar dos Guias em terra. O cambono é a viga mestre do trabalho, sua energia é fundamental na sustentação vibracional da casa.

Ainda que muitas vezes eles passem despercebidos aos consulentes e assistência durante um trabalho, são os cambonos os grandes responsáveis pelo bom andamento de um trabalho

Ele não incorpora seus mentores, durante o atendimento da Assistência. Não pode comentar, nem contar a outras pessoas o diálogo do Guia com os Assistidos. Cambonos sãos médiuns preparados  ao trabalho de auxiliar e servir os mentores e guias durante os trabalhos e também preparados para a doutrinação de espíritos menos esclarecidos, são treinados para terem uma concentração excepcional para o auxilio na firmeza do ritual.

Ele tem como responsabilidade cuidar dos apetrechos do Guia, buscando garantir a organização dos objetos e a conservação e limpeza do ambiente (uso de cinzeiros, copos, etc) bem como guardando nos lugares corretos os objetos emprestados pela Casa Espiritual (pemba, prancheta, etc). Outra responsabilidade sua é a anotação, bem legível, e correta das orientações do Guia, bem como do material que for solicitado.

Cambonos não são empregados de nenhum médium ,ou entidade e nem pode virar empregado particular de ninguém. Todos que tem essa função deverão ajudar a todas as entidades, não escolhendo por afinidades (gostar mais ou menos de uma entidade ou médium).

Ele avisa ao “Fiscal”, que controla a entrada da assistência, quando o Guia estiver pronto para atender a Assistência. Deve permanecer no local que foi designado, auxiliando o Guia ou a corrente, sempre vibrando em harmonia para o sucesso dos trabalhos e cantando os Pontos solicitados e adequados para cada momento específico, de acordo com a necessidade. Comunica também ao Fiscal, quando houver necessidade da Assistência ser atendida por outro Guia da corrente.

Para uma boa organização das atividades do Centro, ele deve anotar os trabalhos deixados no Centro com o nome do médium e Guia, assim como a data de retirada dos mesmos.

Compete ao Cambono também, auxiliar a Entidade comunicante, caso o assistido encontre dificuldades de compreensão na mensagem transmitida.

Enfim, o Cambono é o grande ajudante anônimo do Centro. É ele quem tem todas as obrigações modestas do Centro e é um grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, é um iniciado, nem sempre tendo condições de responder a todas as dúvidas e necessidades da assistência, assim também como ocorre com alguns médiuns desenvolvidos. Ele é um mensageiro, um interlocutor, que facilita o bom andamento dos trabalhos.

A maioria dos médiuns, quando adentram o chão do terreiro, tornando-se filho da casa, iniciam sua trajetória cambonando durante os trabalhos e giras. É nessa fase que começa a interação do “novo” filho aos cultos , religiosidade e responsabilidade, que aos poucos vão tornando-se mais perseverantes e firmes nos propósitos de missão que a cada um é necessário.

Cada caso é  peculiar de cada um, visto que como todos nós temos a missão de trabalhar em caridade pelo próximo, cada um a sua forma e ao seu tempo. Motivo este pelo qual não temos como ditar uma regra para todos que adentram a Umbanda.

Existem casos que quando a pessoa procura o templo ou terreiro buscando auxílio, percebe-se que esta pessoa “esta madura” no sentido de desenvolvimento mediúnico e logo quando passa por consulta com a Entidade Chefe, percebe-se que começa o processo de incorporação de imediato. Em contrapartida, existe pessoas que tornam-se filhos da casa, batizam, vestem o branco e trabalham ativamente no terreiro cambonando, levando algum tempo para tornar-se um médium desenvolvido. Isto se dá pelo motivo de fórum íntimo de cada pessoa. Cada um tem a necessidade de trabalho e auxílio em suas funções com a espiritualidade, conforme ele mesmo escolheu, ou conforme sua necessidade de estudo, entendimento e integração com a espiritualidade em questão. A ansiedade é um fator que pode atrapalhar significadamente o desenvolvimento mediúnico, por isso é bom sempre lembrar-mos  que a mediunidade não é mérito para ninguém e sim provação ao qual devemos corresponder com trabalho humilde e resignado.

É importante a conscientização do Cambono em aproveitar todas as oportunidades de reflexão e crescimento, pois acompanhando diversos atendimentos, e sempre pensando naquilo que também lhe diz respeito, obterá muitas reflexões produtivas ao seu crescimento espiritual.

O cambono, assim como todos os médiuns, deve estar sempre disponível e de bom humor, para receber as pessoas carinhosamente, que vão ao Centro em busca de caridade. Ele é um cartão de visitas, e deve buscar sempre exercer a caridade, com humildade. Sabendo aproveitar, o Cambono é uma das funções que oferece as maiores e melhores possibilidades de crescimento espiritual.

alcool na umbanda

Porque usamos álcool na Umbanda?

O álcool tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos (entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos guias, para poderem trabalhar no plano material.

Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas idéias e pensamentos, brotam com mais e maior intensidade. É também uma forma em que a entidade se aproveita este momento para ter maior “liberdade de ação”.

Os exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se ao fato de, estas linhas utilizarem muito de energias etéricas, extraídas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de suas magias, para servirem como “combustível” ou “alimento”, encontrando então, uma grande fonte desta energia na bebida.

Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria, para poderem realizar seus trabalhos e magias!

O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em descarregos.

O álcool por sua volatibilidade tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias negativas do médium.

Já o álcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo.

 

O perigo nestes casos é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos, pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem necessidade.

pontos riscados

Pontos Riscados

 

Conceito: 

 

O Ponto riscado é um instrumento para trabalhos magísticos efetuados pelas entidades. É o selo, o cartão de visitas, a identificação, o brasão e a bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força riscado através de símbolos dentro de uma Mandala, onde o instrumento utilizado em seu campo de trabalho é a Pemba. A Pemba maneja as forças de forma a lhe conferir afinidade com as entidades, identificando a quem ela se subordina, bem como seus fundamentos. A Mandala e os símbolos são riscados em uma tabua de madeira, que se intitula tabua de ponto.

 

Mandalas:


Constituídas de um desenho circular, aonde no seu interior vemos formas e figuras variadas. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o Cosmo. No interior da Mandala temos sempre um ponto central, que representa sua essência, e dele partirão todos os demais elementos. Esse ponto representa Deus, do qual partiu todas as coisas existentes no planeta. Existem dois tipos de mandala, mandala aberta, e fechada.

 

Mandala aberta:


A ação da Mandala aberta é ampla e vasta, envolve a todos e a todo o terreiro. Dentro de um terreiro normalmente esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou pela Mãe espiritual, porque nesse caso está expandindo a energia para todos.

 

Mandala fechada:


A ação da Mandala fechada, é a ação concentrada, delimitada e limitada, a entidade neste caso cria um verdadeiro campo de força, usada em solicitações específicas e nos pontos identifica tórios.
Na Mandala são colocados elementos simbólicos ancestrais, ao desenhar uma mandala, ou seja, ao ser riscado um ponto, é criado um instrumento sagrado.

 

Símbolos e cores:


Todos os Símbolos partirão de um ponto no interior da Mandala. Os símbolos e as cores da Mandala criam a força que define a ação vibracional da Mandala (Ponto riscado).

 

 

Grafia de Umbanda e seus significados:


Cada traço, cada forma tem um significado e de acordo com a ordem, a direção e a maneira como os símbolos se posicionam podem revelar muitas informações sobre a manifestação espiritual ora transcrita através do ponto riscado e sua missão de trabalho.

Círculo – O Universo, a Perfeição.

- Circulo aberto – energia expandindo;

- Circulo fechado – energia concentrada;

- Circulo com um ponto – ser supremo, símbolo de Oxalá;

Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si – O Plano Divino, o Quaternário Espiritual.

Círculos Menores e Semicírculos – A fases da lua (símbolo de Iemanjá), forças de luz, inclui Iansã.

Círculo com Estrias Externas – O sol (símbolo de Oxalá).

- Linha reta transversa – mundo material
- Duas linhas retas transversas
- Linha curva – polaridade


– Triangulo – Trindade

– Hexagrama ( dois triângulos ) – masculino e feminino, as forças divinas

– Um Pentagrama –

A Estrela de Davi e o Signo de Salomão

A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.

Três estrelas também representam os Velhos e Almas.

– Balança, Machado ou Nuvem – Símbolos de Xangô e do Oriente

– Raio – Símbolo de Yansã ( mudança dos tempos, intensidade, forte energia)

– Espada Curva – Símbolo de poder e força, a luta do bem contra o mal, símbolo de Ogum;

– Espada Reta – Símbolo de Iansã.

– Coração – Símbolo do amor, da força dos sentimentos que unem os homens, símbolo de Oxum; a Flor também é um símbolo de Oxum.

– Tridentes – Símbolo antigo de força, representando a força do Deus Netuno que tinha no tridente a representação dos pólos que comandavam aquela civilização. Símbolo usado por exus e pomba gira devido ao sincretismo. Observam – se tridentes de risco quadrado para exus (compadres) e de risco arredondados para pomba giras.

– Cruzeiro – Símbolo das almas e do encontro dos desencarnados. Muito comum nos pontos de pretos velhos e Exu de cemitério.

– Caveira – Não simboliza a morte. É a identificação dos espíritos que militam nas esferas da calunga pequena (cemitério).

– Flecha para cima – Símbolo da busca espiritual, do objetivo, do alvo a ser atingido. Símbolo dos falangeiros de Oxossi.

– Arco e Flecha – Símbolo dos falangeiros de Oxossi

– Fases da lua

Cheia – Símbolo da magia oculta, símbolo de Iemanjá

Crescente – Renovação de forças

Nova – Força plena

Minguante – descarrego ou pólo invertido

– Um Quadrado – O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).

– Espiral – Para fora indica chamamento de força, retirando demanda.

– Bandeira Branca com Cruz Grega Vermelha – Símbolo de Ogum.

– Coração com uma Cruz no Interior – Símbolo de Nanã.

– Traços Pequenos na Vertical (chuva) – Símbolo de Nanã.

– Folhas ou Plantas – Símbolos de Ossanha.

– Cruz Latina Branca – Cruz de Oxalá.

– Cruz Grega Negra – Com pedestal, símbolo de Omulu.

– Arco-íris – Símbolo de Oxumaré.

– Estrela Branca (Oriente) – Luz dos espíritos.

– Estrela Guia (com cauda) – Símbolo da capacidade de acompanhamento (Oriente).

– Um Oito Deitado (Lemniscata) – Símbolo do Infinito.

– Cordão com Nó ou um Pano – Símbolo das crianças.

– Conchas do Mar – Símbolo das crianças.

– Águas Embaixo do Ponto – Símbolo de Iemanjá (mar).

– Pequenos Traços de água – Símbolo de Oxum.

– Traço ou Linha Curva com Círculo nas Pontas – Símbolo de força, amarração e descarrego.

– Rosa dos Ventos – Chamamento de força ou descarrego.

– Palmeiras ou Coqueiros – Força dos Velhos

– Traço com Três Semicírculos nas Pontas – Descarrego e força também.

Existem muitas grafias utilizadas por nossos guias e essas são algumas mais comuns. Porém no Ponto riscado está o segredo e assinatura de cada entidade, aonde poderemos perceber símbolos ainda desconhecidos apresentados pelas mesmas.
Por isso cabe a nós o estudo e a avaliação, não só do Ponto riscado, mas da manifestação e da confirmação do Guia como um todo, onde tem que prevalecer sempre a energia que está vibrando.

religião nao é para fazer

Religião não é para fazer o que desejo.

 

A Religião não é para fazer o que eu quero, é para me ensinar a entender que tudo quanto possuo ou me atinge é do meu merecimento. É a lei: do dar e receber, ação e reação, do plantar e colher.

 

Ninguém recebe nada, em lugar do outro. Ninguém colhe o que não plantou e ninguém pratica o bem para receber o mau em troca.

 

Cada Ser tem seu aprendizado no dia-a-dia, com experiências diferentes, mas ensinamentos idênticos, pois, as lições do Cristo só mudam na maneira de serem aplicados, eles são iguais em seus conteúdos e, estendidos para todos os seus filhos, sem distinção.

 

A Umbanda é um tratamento para a alma, em que se começa massageando o coração e termina-se em harmonia com todo o nosso Ser.

 

 Na Umbanda aprende-se a entender e aceitar os “porques” de nossa vida. Aprendemos que devemos viver esta vida da melhor maneira, que nos for possível, sem deixar nossos rastros para serem apagados na próxima volta, e, não devemos nos preocupar com o que ficou acumulado de outra vida, do qual não temos consciência graças a Deus.

 

O importante é aprendermos a lição da vida presente e ter a preocupação de vivê-la bem, com amor, caridade, perdão e sabedoria. Devemos, também, entender que adquirir todo ensinamento e entendimento possivel, advindo das situações de sofrimentos e vitórias, e transformá-lo em escada para o nosso crescimento, espiritual e material, é conscientizar-se das oportunidades que Zambi nos dá e utilizá-la para a transformação e evolução pessoal.

 

A Umbanda nos ensina a aceitar as dificuldades familiares e a transformar os inimigos em amigos diante da prática do amor, caridade e perdão.

 

Por isso concordo quando minha amiga que diz em um de seus textos: “Umbanda é assim: uma religião que auxilia a enfrentar os sofrimentos e a entendê-los, porque cada passo que damos no presente tem uma enorme valia em nossa evolução”.

Que Zambi nos ilumine sempre para que nossa caminhada seja proveitosa nesta vida.

 

Gira de Exu não é “Casa da Mãe Joana”

 

Quando comecei a frequentar um Terreiro de Umbanda, não posso negar que encarava a Linha dos Exus e Pomba Giras com alguma desconfiança e até receio. As imagens com chifres, capas negras e até nudez, os altares com bebidas alcoólicas e charutos e tudo aquilo que ouvimos por aí é muito marcante e causa-nos uma ideia inicial pouco positiva. Foi assim comigo e sei que é assim com muita gente.

Antes da minha primeira Gira de Exu eu estava bastante ansiosa, sem saber direito o que esperar. Será que as entidades incorporadas seriam assustadoras como as imagens? Será que fariam trabalhos de amarração e de magia negativa? Será que nessas Giras incentivam a vingança e outras posturas imorais? Eram essas e muitas perguntas que me passavam pela mente.

Passando pela primeira Gira de Exu e por outras Giras posteriormente, percebi que os mitos que as pessoas criam por aí são absurdamente falsos. Vamos a eles (os mitos):

1 – Exus não são “demônios”

Sendo entidades de Umbanda, obviamente os Exus e Pomba Giras são entidades que trabalham apenas para o bem e não sustentam trabalhos de magia negativa. O trabalho dos Exus consiste em aplicar a Lei Divina, ajudando a trazer para as nossas vidas as consequências daquilo que praticamos, seja para o bem ou para o mal. Os Exus não se vingam, não “aprontam”, não colocam o mal no caminho de ninguém; ajudam-nos a colher aquilo que plantamos, tanto para aprendermos com as experiências negativas como para crescermos com as nossas virtudes.

2 – O uso da bebida e do fumo não é para diversão

Já ouvi muitas vezes que os Exus e Pomba Giras, quando incorporados, pedem sempre bebidas e fumo para sentirem os prazeres da vida carnal, dos quais sentem saudades. Mas isto não é bem assim: apesar de terem vivido encarnações na Terra, como nós, e de estarem próximos da nossa faixa vibratória, os Exus são espíritos certamente mais evoluídos do que nós que estamos aqui, agora, e por isso são nossos Guias espirituais, sendo que já não estão presos a estes “prazeres carnais”. O uso da bebida e do fumo nas Giras e nas oferendas visa possibilitar que os Exus manipulem a energia mais densa contida nestas substâncias para realizar o seu trabalho de limpeza, neutralização ou corte de magias negativas nos consulentes.

 

3 – Gira de Exu não é “Casa da Mãe Joana”

As Giras de Esquerda podem sim ser mais descontraídas, pelo tipo de roupa que se usa, pela linguagem e risada dos Exus e Pomba Giras e pelo uso, às vezes mais intenso, de bebidas alcoólicas. Por conta disso, vejo muitos umbandistas acharem que nestas Giras pode tudo, desde beber e fumar enquanto supostamente faz a sustentação energética dos trabalhos, até falar palavrão, dançar durante os Pontos como se estivessem numa discoteca e usar roupas exageradas ou vulgares. Estes comportamentos não são aceitáveis em outras Linhas de trabalho; por que, então, achar que o são nas Giras de Exu? O trabalho realizado nas Giras de Exu é tão sério como o que é realizado numa Gira de Caboclo, de Pretos Velhos ou qualquer outra Linha, e deve ser realizado com respeito, concentração e dedicação. Se não houver atenção a isto, há grande hipótese de as entidades presentes não serem verdadeiramente Exus e Pomba Giras, mas sim espíritos zombeteiros que quererão, estes sim, aproveitar o fumo, o álcool e a energia de baixa vibração manifestada pelos médiuns e consulentes.Cabe a nós, umbandistas, procurar informação correta e ajudar a derrubar estes mitos que criam sobre os Exus. Faça a sua parte!

Laroyê!

Xamanismo

Xamanismo é um conjunto de crenças ancestrais que engloba práticas de magia e evocações para estabelecer contato com o mundo espiritual.

O xamanismo é uma percepção religiosa que confere ao xamã, a capacidade de entrar em transe e se conectar com o mundo espiritual. Essa conexão o capacita para curar doenças, influenciar a natureza, facilitar a caça, adivinhar segredos, predizer o futuro, afastar o mal ou exercer funções de um sacerdote. O xamã consegue fazer uma viagem a outro mundo, através da recepção de uma natureza transcendental ou através da sua transformação em um outro ser.

Essas manifestações são características dos povos siberianos da Ásia setentrional, porém em tribos indígenas de todo o mundo a essência dessas manifestações são semelhantes, com base na observação dos sinais da natureza e na intervenção de um xamã. Apesar do verdadeiro xamanismo ter sido desenvolvido entre diversos povos da Sibéria e Ásia Central, é sabido que na América, no Sudeste da Ásia e na Oceania existem práticas religiosas intimamente ligadas com ele.

O xamã é o líder espiritual em quem as comunidades reconhecem capacidades sobrenaturais. É uma figura poderosa que estabelece uma ponte entre o mundo natural e o espiritual. A ele são atribuídos poderes de magia, profecia e cura.

Esse conjunto de práticas se transformou em uma filosofia de vida, através da qual as pessoas buscam equilíbrio, conhecimento, tranquilidade, bem-estar físico e espiritual. A sabedoria milenar e os ensinamentos passados através de gerações levam o praticante a experimentar uma transformação interior.

As novas vertentes do xamanismo denominadas neo-xamanismo ou xamanismo urbano são baseadas no conhecimento das antigas tradições que entram em harmonia com o mundo atual. As práticas e técnicas usadas no xamanismo incluem danças, canções, batidas de tambores e outros instrumentos musicais, meditação, discussão, partilha de conhecimentos, testemunhos e histórias.

No Brasil, as práticas xamânicas são habituais nas tribos indígenas, tendo como xamã o pajé.

Xamanismo e animais

Os animais têm uma grande relevância no mundo do xamanismo, pois de acordo com essa prática, um indivíduo pode descobrir o animal guardião que existe no interior de cada um. Esse animal guardião pode também ser conhecido como animal de poder, aliado totem, nagual ou espírito protetor.

Cada um desses animais possui características diferentes. por exemplo, o lobo representa aptidões sociais, fidelidade, generosidade, amor e capacidade de ensinar. O urso está relacionado com o inconsciente, e representa os instintos. A coruja representa o caminho para a sabedoria e em algumas tradições pode ser portadora de boas ou más notícias.

totem

Totem significa o símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs por considerarem como seus ancestrais e protetores. O totem costuma ser um poste ou coluna e pode ser representado por um animal, uma planta ou outro objeto.

Totem é uma palavra derivada de "odoodem"que significa "marca da família", na linguagem indígena Ojibwe dos índios da América do Norte.

Os totens são vistos como talismã, objetos de veneração e de culto entre o grupo. Em algumas tribos, o totem pode ser simbolizado por um desenho do brasão do grupo, utilizado em diversos objetos como identidade da família à qual pertence.

Um totem poderia ser um animal, planta, objeto ou fenômeno considerado sagrado por uma determinada sociedade. Consiste em um símbolo familiar com poderes sobrenaturais e com características protetoras. Os totems eram rodeados por uma aura de medo, superstição e magia.

Entre os índios da América do Norte, o totem é geralmente um desenho meticulosamente trabalhado em madeira formando uma enorme escultura. Totens originais construídos no século XIX podem ser vistos em museus dos Estados Unidos e Canadá. Nos Estados Unidos, o totem é visto como um espírito protetor da pessoa em questão.

Totemismo

O totemismo é uma crença religiosa que utiliza o totem como elemento espiritual de adoração em que existe uma relação próxima e misteriosa entre um ser humano e um ser natural. Esse relacionamento tem como fundamento uma origem em comum entre os dois seres. Esta religião é muitas vezes associada ao xamanismo por ser também uma religião com origem indígena.

Os crentes no totemismo não podiam matar, comer a carne ou mesmo tocar no animal que representa o totem. O totemismo surgiu em comunidades de caçadores, principalmente nos Estados Unidos, no Sul da Ásia, Áustralia, Nova Guiné, República Democrática do Congo e Sudão.

Pagé

Pajé é uma palavra de origem tupi-guarani utilizada para denominar a figura do conselheiro, curandeiro, feiticeiro e intermediário espiritual de uma comunidade indígena.

O pajé é considerado uma das figuras mais importantes dentro das tribos indígenas brasileiras. De acordo com as tradições típicas desses povos, o pajé é predominantemente um ancião dotado de poderes sobrenaturais, com a capacidade de prever o futuro, expulsar espíritos malignos e doenças das tribos.

Conhecido como "médico da tribo", o pajé usa técnicas de massagens, banhos e até mesmo algumas práticas cirúrgicas para curar os seus pacientes. Além disso, é um profundo conhecedor dos "medicamentos naturais", a base de ervas medicinais, raízes, sementes, substâncias animais e minerais que auxiliam, de acordo com a cultura indígena, a cura das mais diversas doenças, sejam elas físicas ou espirituais.

Os povos indígenas acreditam que os pajés possuem o dom de se comunicar com os espíritos da floresta e com os deuses, além de terem o poder de fazer chover e melhorar as condições da caça, pesca e colheita da tribo.

No ritual chamado "pajelança", o pajé usa ervas e plantas da floresta para curar ou resolver problemas espirituais dos índios, entrando em contato com espíritos anciões.

Pajé e Cacique

Enquanto que os pajés são considerados líderes espirituais e curandeiros de uma tribo indígena, os caciques são os chefes políticos e administrativos da aldeia.

O cacique, assim como o pajé, é um dos membros mais importantes da tribo, sendo responsáveis pela ordem e bom funcionamento da comunidade indígena.

Macumba

Macumba é uma variação genérica atribuída aos cultos afro-brasileiros, sincretizados com influências da religião católica, do ocultismo, de cultos ameríndios e do espiritismo. Na "árvore genealógica" das religiões afro-brasileiras, a macumba é uma ramificação do candomblé​.

Antes de ser associada a um tipo de religião, a palavra "macumba" descrevia um instrumento de percussão de origem africana, semelhante ao atual reco-reco. Um "macumbeiro" era o indivíduo que tocava este instrumento.

A macumba também pode estar relacionada diretamente com os rituais que são praticados em alguns cultos afro-brasileiros, característicos pela manifestação mediúnica.

Alguns autores consideram como macumba todo tipo de prática que envolva o trabalho de curandeiros, "pais de santo" ou mesmo charlatões, que abusam da fé das pessoas para extorquir dinheiro, dizendo serem capazes de se "comunicar com os espíritos" e fazer feitiços que beneficie ou atrapalhe a vida de determinado indivíduo. Um exemplo de charlatanismo é a promessa de "macumba online", que muitos site na internet oferecem para os usuários interessados.

Etimologicamente, a palavra macumba possui uma origem questionável, no entanto, algumas fontes citam que talvez tenha se originado doquimbundo - língua africana falada principalmente no noroeste de Angola - ma'kumba.

Comumente, a prática da macumba é erroneamente associada com rituais satânicos ou de magia negra. Esta ideia preconceituosa surgiu e se intensificou em meados da década de 1920, quando as igrejas cristãs do país começaram a propagar discursos negativos sobre a macumba, considerando-a profana às leis de Deus.

maos que curam

Tem muitas coisas que fazemos instintivamente. Uma delas é colocar as mãos onde sentimos alguma dor ou algum incômodo, da mesma forma que a mãe coloca às mãos no “dodói” do filho e a dor passa.
Mas, que poder é esse que tem as mãos para realizar curas?

A cura através das mãos é tão antiga quanto a humanidade. Em todas as culturas, filosofias ou religiões existem registros do uso de métodos de cura através da imposição das mãos. Foi com o toque das mão que Jesus realizou muitas curas, e depois da sua morte essa prática permaneceu através de seus apóstolos e discípulos. Grandes mestres da humanidade usaram e usam as mãos para curar.

Um estudo desenvolvido pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

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